domingo, 1 de março de 2009


Congratulação

As luzes da cidade acesas em evidente eufemismo
Amanhecer em névoa, chuva sem fim
E olhos erguidos, em aparente dinamismo de pensamentos
Observam o dilúvio
Passos apressados para chegar ao destino!
Imagem e apocalipse
Afoitos recortam as mais adormecidas cenas
E colam em diários tão breves,

Param na esquina congestionada
Observando a passagem dos autos
O corpo molhado planejando investidas
Sobre a rua vazia e a distância
Entra à direita como se entrasse à esquerda
Observam o crepúsculo, a brevidade eterna
A chama oculta da natureza
Sem perceber que tudo são vaidades.

A janela com vidros estilhaçados
São motivos, reinvenções de tempos
Tempos frios, medo de espectros íntimos
Medo de invenções futuras.
O mero acaso são apenas atitudes para renovar
As incertezas de cada novo amanhecer.

Os olhos recortam as imagens as mais esdrúxulas
Recortam as paisagens, inventam histórias
Seguem como se tudo estivesse normal
Como se os constantes granizos fossem invisíveis
E o infinito, apenas um além das estrelas.
Era uma vez e nada mais.

Tão dispersos já não ligam para nada
A embriaguez os deixa sem vida
Indiferentes quanto às confidencias
Vestem-se elegantemente
E recortam bons momentos
E não choram como dantes.
Borboletas extravagantes passam
Ninfas desnudas, bicicletas velozes...

Um comentário:

  1. É mesmo uma linda maneira de retratar a dura realidade em que vivemos, principalmente daquele que mora na cidade e pouco percebe se há alguma beleza a ser observada no caos em que vive.

    ResponderExcluir

CONTADOR ONLINE

PREVISÃO DO TEMPO

RELÓGIO

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Meu nome é Antonio, sou professor de Português e Literatura, gosto de ler, escrever, assistir a bons filmes, de futebol, de arqueologia, de história, filosofia, de mitologia, de informática, de astronomia, de manifestações culturais locais,de boas amizades, de falar e ouvir, enfim...