tag:blogger.com,1999:blog-12483403650633784452024-03-13T13:09:49.963-07:00PRISMA&POESIAAntoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-75091071334960433742009-05-03T19:08:00.000-07:002009-05-03T19:16:45.080-07:00poesia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTQKZBNJ7Cm_g7uFiyUBmqdpYOg_jkRgbb7kgQ0mRygdOPIzDt7SqaK6hFDiAxnhQyfUkSdNuy_le9vXTm7K7OL2iSYkRHqlE4CYYKCgbSqsTbXLZkxH8L3Uiopzhgz3BB694swWfmG4U/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331786885430106562" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTQKZBNJ7Cm_g7uFiyUBmqdpYOg_jkRgbb7kgQ0mRygdOPIzDt7SqaK6hFDiAxnhQyfUkSdNuy_le9vXTm7K7OL2iSYkRHqlE4CYYKCgbSqsTbXLZkxH8L3Uiopzhgz3BB694swWfmG4U/s320/untitled.bmp" border="0" /></a><br /><div><br /><br />Liberdade de amar<br /><br />O que os olhos não vêem<br />O coração sente.<br />O que os olhos sentem<br />O coração esfacela.<br />Em cinzas a paisagem<br />Os olhos ferem.<br />Tal gozo profundo<br />De um amor sonhado<br />Ao luar se acalma.<br /><br />A ausência do amor<br />Faz a tempestade<br />Descontrair os olhos<br />E ferir o coração.<br />A completude do amor<br />Incendeia os olhos<br />E reclama ao coração<br />A dor que não fere.<br /><br />O que para o coração é brilho<br />Aos olhos faz sombra.<br />Se para os olhos não há regra<br />Ou exceção<br />Efêmero faz ao coração.<br />Se para o coração há sempre espinho<br />Seduz aos olhos a emoção de viver.<br /><br />Quem ama por gosto<br />Ou finge amar sem dor<br />Roga aos olhos um minuto<br />Que faça feliz<br />Um amor quem tanto espera.<br />Quem ao coração roga<br />Tal desgosto<br />Tanto espera a liberdade<br />De amar.</div>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-79050856844779957112009-04-10T20:30:00.000-07:002009-04-10T20:34:29.558-07:00POESIA<em>UMA PALAVRA<br /><br />Uma só palavra escrevi hoje em meu diário.<br />Tão agressiva se comparando às nuvens que passam<br />E tão esquecida pelos meus demônios.<br />Uma só palavra sem vírgula e ponto<br />Entre o brilho tênue de uma estrela<br />E a evocação de um anjo.<br />Um olhar me veio como resignação<br />Como grito de dor após a ferida<br />Fez-me sentir estranho no vago infinito.<br /><br />Escrevi uma única palavra farta de graça<br />E tão crassa.<br />Qual ferida que não sara e arde sem chama<br />E com os olhos se movendo em segredo<br />Em direção de um espaço a meia-luz<br />Bailarina cheia de luxúria ao vento<br />E passos leves e noites e noites<br />Espiando a lua pálida e sem voz.<br /><br />Uma única palavra ainda incompleta<br />Fez-me silenciar o desejo ardente.<br />Da frágil escultura a deslizar-me na retina<br />A eloqüência da alma sem nada que consente<br />O lado oculto de um homem sem a ilusão de si<br />E sem a certeza de que tudo vaga sem amor<br />E tudo se esvai na incerteza de que a vida<br />É um passo a frente sem nada sentir.<br /><br />Uma palavra sem data ou sem verso<br />Semelhante a uma serpente voraz<br />Que insinua roubar a esperança<br />De um espírito olhando sobre espelhos frágeis.<br />Qual mistério seguir além das chamas<br />Cobrindo a embriaguez da pálida alma<br />Entregue aos doces prazeres do amor.</em>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-39681176237483495002009-04-08T08:36:00.000-07:002009-04-08T08:53:50.080-07:00GEORGIA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjir9jeDOuCdVbLzgE2rUMaWTy5BxUrjhuVNl4yz7Wghga2vOtiehgVAmx67ctO-iy_h7Ihoh57Khc1UK-k-sCcuz3FM1tixab1f6X5bCxuQmCpGlOylM1MVUDHsG8oWz1wo7R7elpIMNE/s1600-h/Georgia+1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5322347473298563986" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjir9jeDOuCdVbLzgE2rUMaWTy5BxUrjhuVNl4yz7Wghga2vOtiehgVAmx67ctO-iy_h7Ihoh57Khc1UK-k-sCcuz3FM1tixab1f6X5bCxuQmCpGlOylM1MVUDHsG8oWz1wo7R7elpIMNE/s320/Georgia+1.JPG" border="0" /></a><br /><div><span style="color:#cc0000;"><strong>GEORGIA </strong></span></div><br /><div><span style="color:#ff6600;"><em><strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;">A vida é assim tão bela<br />E os nossos pensamentos, os mais belos.<br />Se o destino nos é semelhante</span></span></strong></em></span></div><div><span style="color:#ff6600;"><em><strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;">Não há razão para deixarmos de amar.<br />A nossa vida é realmente bela .</span> </span></strong></em></span></div><div><span style="color:#ff6600;"><em><strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;">E o nosso destino é amar</span>.<br /></div></span></strong></em></span>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-36949426388532666382009-03-27T05:56:00.000-07:002009-03-27T06:00:28.611-07:00POESIA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX4cUdasbGFjQWOvO03H2-mFEG66YwpJfmm-7c1hyr44g66htMkD3nJMWDj3ebyRJ60x5OU4vgst12Ju8QKwHbppnttmrnArY-NcQcUjGuiQCBs4LG3Y5ulvj4lmcSl-NepiGTFrlXwC4/s1600-h/desejos.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5317851088243924370" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 235px; CURSOR: hand; HEIGHT: 266px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX4cUdasbGFjQWOvO03H2-mFEG66YwpJfmm-7c1hyr44g66htMkD3nJMWDj3ebyRJ60x5OU4vgst12Ju8QKwHbppnttmrnArY-NcQcUjGuiQCBs4LG3Y5ulvj4lmcSl-NepiGTFrlXwC4/s320/desejos.bmp" border="0" /></a><br /><div>DESEJOS<br /><br />Eu queria ter os olhos<br />Semelhantes aos lírios do campo<br />E olhar para uma alma descrente<br />E contagiá-la a viver.<br />A ter certeza de que a vida é esperança<br />Que é possível a imagem lúcida de uma vida<br />Sem a necessidade de crucificá-la.<br />E que a solidão não seja a perdição<br />Para a salvação da alma.<br /><br />Eu queria ouvir uma palavra amiga<br />Que me desse bons conselhos.<br />E sem se ater em revelar as proezas do espírito<br />Nas manifestações lúdicas<br />Da sabedoria nas pequenas coisas<br />Que abrandam a melancolia<br />Através de uma chama constante de alegria.<br /><br />Eu queria ter olhos irresistíveis<br />Que enxergassem além de minha descrença<br />Nas realizações mundanas.<br />Se eu pudesse enxergar da minha janela<br />A metamorfose de uma borboleta voando livre<br />Em poucos segundos soltaria a voz de triunfo.<br /><br />Eu queria que meus olhos fossem espaços<br />E não fragmentos olhando para o céu.<br />Bom seria nem imaginar a cegueira!<br />Esquecer que existo ou manifestar minha fé<br />É uma chama que me consome<br />Se de meus olhos pudessem recolher<br />A sensibilidade que existe nas pequenas coisas<br />Ao menos um poeta eu seria<br />Em minhas breves aparições. </div><div> </div><div>IMAGEM:</div><div><a href="http://euterpefyllos.blogspot.com/">euterpefyllos.blogspot.com/</a></div>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-77363722658613748302009-03-10T16:22:00.000-07:002009-03-10T16:27:43.787-07:00Conto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUc4PJRUeN76dnp_lFlBlbMmGD_6HcJEHmlYvPdiGZC80SV_CNXAJIWxd_env3DaRXom-kofRSIPZyAOWrJLhe7ghivyfeVY8hWeCSecU0tWPZ_iKNcx7fDHJDW3kv2wwyBksfquoif7g/s1600-h/o_amor_e_%2520uma_estrada.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5311704705499957026" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 266px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUc4PJRUeN76dnp_lFlBlbMmGD_6HcJEHmlYvPdiGZC80SV_CNXAJIWxd_env3DaRXom-kofRSIPZyAOWrJLhe7ghivyfeVY8hWeCSecU0tWPZ_iKNcx7fDHJDW3kv2wwyBksfquoif7g/s320/o_amor_e_%2520uma_estrada.jpg" border="0" /></a><br /><div>PREMONIÇÃO<br /><br />Logo que deixaram o altar da Igreja do Divino Salvador, Sálvio e Patrícia se entreolharam fixadamente, procurando um lugar aconchegante para a lua-de-mel. Uma semana antes do casamento, haveriam romancear em uma praia deserta, só os dois, aventuras sentimentais, desejos ardentes, o mar cheio de sol, o batismo nas ondas, libertinagem, coisas de um jovem casal; ele com trinta e um anos, ela vinte e quatro, tudo nos conformes. Como um dia após outro, Sálvio teve uma visão em sonhos, e sugeriu que desistissem de irem à praia, pois se fossem uma tragédia tirar-lhes-iam a vida, através de uma forte colisão, e sugeriu que passassem a lua-de-mel em um confortável motel, o que Patrícia não quis, sugeriu o lar doce lar, o cheiro novo das mobílias novíssimas, a linda cama-box. Patrícia, de alegre e disposta, foi mudando a feição, apertou os lábios e vendo que o olhar do marido não se desvencilhava dos olhos dela, beijou-o com ar de desconfiança e puxou-o pelos braços em direção ao carro que os levaria ao salão de festas para a recepção aos convidados.<br />Mulher magra e seu corpo fino e frágil lembrava muito a cintura de uma sereia em movimento, era pelo menos para Sálvio, a moça mais linda que jamais existira. Os olhos verdes de um verde do mar reluziam o bastante para provocar os ciúmes de Sálvio quando ela olhava para as outras pessoas. A primeira vez que ele a viu, até desprezou-a, tinha pouca carne para o gosto dele. Depois de se conhecerem mais, Patrícia se apresentava, dia a dia, muitos sinais de mudança e sempre mais bonita, mais atraente. Sálvio era alto, mais rico em carnes, tinha uns olhos castanhos destoantes e infiéis; a vez que se conheceram era mais magro, Patrícia muito se impressionava com as linhas do corpo de Sálvio, com a ampliação do corpo, era viver juntos, dia a dia para saber o que o futuro os reservava. Patrícia tinha horrores ao excesso de carne...<br />Patrícia apertou os lábios, como de hábito, com um lindo buque de flores na mão, olhos no marido, olhos nos convidados. Estava tensa, Sálvio pediu calma.<br />_ Precisamos de uma conversa agora, meu amor! – asseverou Sálvio. Patrícia estancou o olhar no marido, examinando-lhe as rugas, o nariz grande, as orelhas enormes.<br />_ Meu amor, você está tão diferente! – exclamou ela.<br />Sálvio se concentra, aperta a gravata, e solta o paletó, procura disfarçadamente dominar uma voz interna, segura nas mãos de Patrícia, puxa-a em direção ao seu corpo dele e beija-a, sufocando-a. “Ainda não se vestiu?”.<br />_ Não vai colocar os sapatos novos, não? – indagou o moço, com se exposto ao vento gelado e o coração disparando.<br />_ Quem suportaria casar com alguém como você? Ironizou Patrícia. “Olhei os meus sapatos pela última vez, ontem”. “Um lindo par de sapatos marrom, número trinta e oito, bico bem agudo”. Pernas trêmulas, se esvai um pouco do marido, e põe-se a conversar com uma velha amiga de colégio, a Alice Maria, depois vai à direita, vai à esquerda e retorna ao marido. “Vamos falar de romance!”<br />_ Confesso, estou um pouco perdido, penetro numa idéia nova a cada vez que nos vemos. – disse Sálvio.<br />_ Então? Vamos viajar ou não? – perguntou a noiva.<br />_ Desculpe, é que estamos marcados para morrer se formos...<br />Por algum instante, Patrícia achou que tudo aquilo era bobagem, mas pela expressão grotesca do marido, o olhar perdido num infinito de estrelas e espectros esvoaçantes de um vermelho vivo misturando à paisagem hibernal dos meses de junho e julho, resolveu insistir uma única vez, se o marido assentisse tudo bem, senão, um motel seria bastante sugestivo. Uma noite de amor e tanto, o gosto de estar vivíssima para o marido, era tudo que Patrícia queria. Para que a vida valesse a pena naquele instante de incômodo era preciso Sálvio sair do estado de inércia...<br />_ Talvez seja meio difícil eu te explicar isto – continuou ele.<br />_ Então? Vamos viajar ou não? – repetiu a noiva. Sálvio olhou em volta, e para não deixar a mulher triste, concordou em passarem a lua-de-mel numa praia deserta. Um último olhar sobre os convidados selou o destino daquele jovem casal. Precisavam viver juntos, quando se olhavam um no olho do outro, um novo horizonte se lhes avivava. “Não vivemos como queremos, mas como podemos.” A mão de Patrícia se aninhou na de Sálvio, era pouco mais de onze horas de uma noite sem nuvens e muito brilho. O jovem casal ia avançando em direção ao carro quando os vi pela última vez. Pude usufruir da totalidade daquele instante, no íntimo, desejava que fossem felizes para sempre. Meia noite e meia veio a notícia que abalou toda a cidade, pensamentos criam vida ou desenhamos argumentos, pintamos tantas palavras para avivar o nosso subconsciente, mas no fundo de nós, é bom viver as coisas boas da vida, só assim podemos deixar um rastro de luz onde passamos...</div>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-62426615290680905602009-03-01T04:20:00.000-08:002009-03-01T04:33:35.504-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGNSFBheVqjCsq1jmdn_Q5V8lLR1wYWrRVN07WX-JyUDZO19u-AErsUsL81NAdyNh18DjqvXtrgjQc5qSm4CXg_m4mjHUfsFhOJOysOr3UDvIYkP5KeK8166GRnJ1xMAvDLyzvV61SF9k/s1600-h/olhos2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5308196385144823170" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 317px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGNSFBheVqjCsq1jmdn_Q5V8lLR1wYWrRVN07WX-JyUDZO19u-AErsUsL81NAdyNh18DjqvXtrgjQc5qSm4CXg_m4mjHUfsFhOJOysOr3UDvIYkP5KeK8166GRnJ1xMAvDLyzvV61SF9k/s320/olhos2.jpg" border="0" /></a><br /><div>Congratulação<br /><br />As luzes da cidade acesas em evidente eufemismo<br />Amanhecer em névoa, chuva sem fim<br />E olhos erguidos, em aparente dinamismo de pensamentos<br />Observam o dilúvio<br />Passos apressados para chegar ao destino!<br />Imagem e apocalipse<br />Afoitos recortam as mais adormecidas cenas<br />E colam em diários tão breves,<br /><br />Param na esquina congestionada<br />Observando a passagem dos autos<br />O corpo molhado planejando investidas<br />Sobre a rua vazia e a distância<br />Entra à direita como se entrasse à esquerda<br />Observam o crepúsculo, a brevidade eterna<br />A chama oculta da natureza<br />Sem perceber que tudo são vaidades.<br /><br />A janela com vidros estilhaçados<br />São motivos, reinvenções de tempos<br />Tempos frios, medo de espectros íntimos<br />Medo de invenções futuras.<br />O mero acaso são apenas atitudes para renovar<br />As incertezas de cada novo amanhecer.<br /><br />Os olhos recortam as imagens as mais esdrúxulas<br />Recortam as paisagens, inventam histórias<br />Seguem como se tudo estivesse normal<br />Como se os constantes granizos fossem invisíveis<br />E o infinito, apenas um além das estrelas.<br />Era uma vez e nada mais.<br /><br />Tão dispersos já não ligam para nada<br />A embriaguez os deixa sem vida<br />Indiferentes quanto às confidencias<br />Vestem-se elegantemente<br />E recortam bons momentos<br />E não choram como dantes.<br />Borboletas extravagantes passam<br />Ninfas desnudas, bicicletas velozes...</div>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-56077689113072296802009-02-27T06:58:00.000-08:002009-02-27T07:09:48.723-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIih5jMdUbmjxLqS82YQOhGp6P_Awda-yz8sHPlLNqcu2kJZk4e0ZR6x50GoCNVp4nRqkGAqQVgjmukI154Rvtbpk3PPMDB-V7PYBLZu14V_VmQG5VRfzVIDqv5tJaPFZWHV17LqS1kOI/s1600-h/10478586_2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5307494451886014386" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIih5jMdUbmjxLqS82YQOhGp6P_Awda-yz8sHPlLNqcu2kJZk4e0ZR6x50GoCNVp4nRqkGAqQVgjmukI154Rvtbpk3PPMDB-V7PYBLZu14V_VmQG5VRfzVIDqv5tJaPFZWHV17LqS1kOI/s320/10478586_2.jpg" border="0" /></a><br /><div>TRAVESSIA<br /><br />A guerra abraça o reino pelos braços<br />sem licença inventa fatos pra flertar o luxo<br />De suas vidraças vazias de preces<br />E instantes de cristais exaustos de luzir.<br />Em olhar descuidoso aporta o navio,<br />De tuas brandas paredes descem vultos valentes.<br /><br />O menino anuncia a catástrofe,<br />O vento pára a espera das cinzas.<br />Não há o que de entristar, exceto a estrofe<br />Que encerra a morte prematura.<br />Senhor comandante, não é a guerra que me causa Indignação<br />Não há o querer que afasta a envergadura,<br />O que me causa a indignação<br />É o futuro sem o que contar aos mais tenros.<br />Menino, eis o meu devido serviço:<br />A busca de almas aflitas pela razão ilusória das Coisas.<br />Não tarda a noite nos aportaremos no infinito dos mares.<br /><br />Não há mar, não há razão em navegar sem o corpo<br />Em conhecer ilhas e ilhas sem contornos nem cores.<br />Não há guerra que perpetue o gosto do espírito<br />Ou ousadia que conforte um alvíssimo leito.<br />Menino, tua voz é capaz de ofuscar as palavras de Um barqueiro<br />Que surge com a frágil missão de transportar almas<br />Pelo vasto infinito das águas.<br />Senhor, o meu reino está frágil e as vidraças já não resistem<br />Às investidas de tantos malfeitores.<br />Menino, o navio que aqui aporta é de louça, Caravela ao vento<br />E tão habituado a procelas e sentenças.<br />Malfeitores não há.<br />Não invente histórias para aterrorizar uma vida de travessia<br />O céu começa onde termina o inferno.<br />Se queres dormir em noite tão profunda<br />Busque antes a utopia, a visão estranha das coisas.<br /><br />E antes que eu descerrasse meu derradeiro olhar<br />A lógica da vida assumiu meu corpo<br />E inúmeros fractais cobriram-me a visão.<br />A lembrança fria da guerra, das pétalas voando livres<br />Da vidraça partida pela veloz artilharia<br />Outros fatos já não importam.<br />Haverá outro mundo onde as pessoas possam se confraternizar<br />Sem ouvir o estampido das ignorâncias.<br />Razão não há para ignorar a partida de um navio<br />Cuja missão é apenas compartilhar a travessia.<br /><br /></div>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-46008444754696711762009-02-22T16:58:00.001-08:002009-02-22T17:05:25.149-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1empcCsPduRpFEDUBHfcPKys_fM0pMg9RcmfGTa25wg0EdTHYgl1XtUnPmtSNnj2wocwr6dnOHC-ecs_1GP3RDqHHOh6pxcK47ISghauHivgIexVVoa2gAaLKgJozZJyv_FlGeIZNoRM/s1600-h/planetas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5305792640994173858" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 248px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1empcCsPduRpFEDUBHfcPKys_fM0pMg9RcmfGTa25wg0EdTHYgl1XtUnPmtSNnj2wocwr6dnOHC-ecs_1GP3RDqHHOh6pxcK47ISghauHivgIexVVoa2gAaLKgJozZJyv_FlGeIZNoRM/s320/planetas.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:georgia;color:#990000;"><em>Enigma do amor<br /><br />Com clamor hei de louvar a tua voz.<br />Seja ela sincera além de obscena.<br />Tão feliz hei de ouvir sereno<br />a grata revelação de que me ama.<br />Que desgosto sinto em nada de ti ouvir!<br />Se versos eu compor em minha vida,<br />que a alegria desfaça minha brevidade.<br />Se versos eu disser como tributo,<br />que a tristeza me poupe sempre.<br /><br />A vida não é assim tão bela,<br />mas meus pensamentos são os mais belos.<br />Se o destino é semelhante a todos,<br />então por que me desdenhar tanto?<br />Se a vida é realmente bela<br />por que então nos faremos inimigos?<br /><br />Com clamor hei de louvar a tua voz.<br />Seja o enigma um palácio de sonhos,<br />seja uma palavra modesta.<br />Hei de imaginar meu sonho,<br />hei de trovar minha seresta.<br />O amor é sempre amor de enigma,<br />ante a certeza de amar vem a desconfiança<br />de entender a brevidade do amor.</em></span></div>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-37635455338089952672009-02-22T12:41:00.000-08:002009-02-22T12:51:19.573-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitspjJqKBi9MlHprhK81AMq8SgJASlLTFX5boQqGLAVIO-gvWX9AY2wRhVExnkkIXFtn1IjAzCloJ5fVDX2KrJrdzBgATrXIbwLKuV9rjIPCIO0JCfJr8VbZQQxj7xdX7cGInWGhxIMqA/s1600-h/drag%C3%A3o.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5305727090870853154" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 254px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitspjJqKBi9MlHprhK81AMq8SgJASlLTFX5boQqGLAVIO-gvWX9AY2wRhVExnkkIXFtn1IjAzCloJ5fVDX2KrJrdzBgATrXIbwLKuV9rjIPCIO0JCfJr8VbZQQxj7xdX7cGInWGhxIMqA/s320/drag%C3%A3o.bmp" border="0" /></a><br /><div><span style="font-size:130%;">A busca humana</span><span style="color:#006600;"><span style="font-size:130%;">: conhecimento e desfrute</span><br /><br />O mito de Fausto, em versões como de Christopher Marlowe, de Goethe, de Thomas e Klaus Mann, pai e filho, procurou fornecer paradigmas para a interpretação da conduta humana. Mito ou realidade, a formação do personagem Fausto inspirou-se em um homem real, Jörg Faustus, que se indispôs contra os dogmas de religiões que prescrevem verdades absolutas como o islamismo, o judaísmo e o cristianismo, visando a desconstrução de tais discursos e, sobretudo colocando o homem num mesmo plano de discussão com o divino e com o profano.<br />A partir do momento em que o homem passou se conhecer melhor, a ser mais racional consigo mesmo e em relação ao outro, é que o valor de verdade absoluta perdeu força e este passou a compreender a relação antitética em sua volta. Não se pode enxergar uma coisa com uma única verdade. Um objeto pode ser visto de ângulos e proporções variados. E sempre há possibilidade de muitas interpretações que não uma única incondicional. A razão disso tudo foi a valorização do conhecimento, através dessa visão mais racional ele pode se viver em estado de equilíbrio e conformidade com seus planos de vida baseados no diálogo, no uso da razão.<br />O Fausto se situa entre ficção e realidade. Ficção no sentido de permitir diálogos os mais racionais possíveis entre entidades distintas que se convergem no fazer literário, sobretudo para cativar, para provocar o prazer pela leitura. E realidade no sentido que ultrapassa o mito, sendo mito, pois o Fausto foi inspirado em um homem real, ignorante diante de causas desconhecidas. Diferente de heróis mitológicos como o Édipo, como Adão, que só existiram na imaginação dos poetas e escritores. A um tempo que Fausto desconstrói toda uma verdade religiosa absoluta, procura estabelecer diálogos distinto entre humanos e deuses ou demônios, isso para mostrar que o conhecimento pode permitir o poder e esse “poder” é que permite desfrutar os prazeres da vida.O conhecimento, visto pelas religiões monoteístas como fonte de todo o mal, é a razão para o equilíbrio, para o desfrute, para a libertação humana de uma suposta verdade única. Adão quando copulou com Eva foi expulso do paraíso e obrigado a trabalhar para seu sustento, assim como Fausto, para adquirir conhecimento e prazer teve que vender a alma ao diabo. Como q ue desvendando um mistério divino e sagrado, o homem através do conhecimento pode buscar equilíbrio entre o sagrado e o profano, essa relação de antítese se presta à desconstrução e reconstrução de novos conceitos, novas organizações internas e externas da vida. Estão na dialogia os meios para as sucessivas reconstruções humanas.</span></div>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-49685351777626550642009-02-22T12:34:00.000-08:002009-02-22T12:39:12.913-08:00Georgia Uchôa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnQvyKa6wL35GWLfhdP2wPGS36PMVn67pzsnTfBtji6OZFq5isiZwRXYNRcf5Tk4us73c4IDGG6dGVob_ffO1YjoXi99q3XqjYrhR8J6RfCYRsomWSqb8SzshSYkb55kqkfqKpby6v0bA/s1600-h/Georgia+1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5305723418105524210" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnQvyKa6wL35GWLfhdP2wPGS36PMVn67pzsnTfBtji6OZFq5isiZwRXYNRcf5Tk4us73c4IDGG6dGVob_ffO1YjoXi99q3XqjYrhR8J6RfCYRsomWSqb8SzshSYkb55kqkfqKpby6v0bA/s320/Georgia+1.JPG" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#3333ff;">Nem todas as palavras do mundo conseguiram exprimir o que sinto por você; Nem todos os segundos de inúmeras horas serão suficiente para estar ao teu lado...</span></div><br /><div><span style="font-size:130%;color:#009900;">Georgia, te amo para sempre!!!</span></div><div><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">Você é a razão do meu viver!!!</span></div>Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1248340365063378445.post-76702294026562039622009-02-22T12:30:00.000-08:002009-03-30T13:07:01.799-07:00POESIAREENCONTRO<br /><br />Olhei sobre as areias do mar<br />Tão oculto como um verme que se alimenta<br />Dentro de uma flor.<br />Que certeza havia em meus olhos indecisos<br />Uma vez saciados com a paisagem.<br />As ondas se faziam de imprevisto<br />Em pensamentos ilusórios.<br />Olhei-as sem tremer os olhos<br />E sem olhar a aura de minhas mãos frias.<br />Meus olhos se esconderam tão logo.<br /><br />À vida que levo em minha ausência<br />Não hesito seguir as ondas<br />Se me olho em águas translúcidas<br />É porque quero viver ao esboço de uma flor.<br />Se nego minha existência hostil<br />É porque vivo indiferente à dor.<br />Como um cristal quebrado na mesa<br />Vejo-me sem corpo e sem calor.<br /><br />Meu olhar descortina uma miragem!<br />Meus olhos se dobram em lágrimas!<br />Não mais viverei meus primeiros passos<br />Que se desfizeram na densa chama<br />De uma vida fechada e sem prazer.<br /><br />Busco encontrar-me neste sem fim,<br />nas grandes águas me busco.<br />Tão longe vejo meu rosto<br />Ardendo em lágrimas.<br />Quão beatitude de sonhador sem busto!<br />Quão alma transitória!<br /><br />E não me falte o instante de encantos,<br />O refluxo das águas amargas do oceano.<br />O arco-íris na retina de meus olhos<br />Fazendo vida que dorme fundo.<br />Eu sou homem silêncio,<br />Sou contramão da vida.<br />Sou recluso em minhas conjecturas.<br />Tão mansa ovelha conduzida pelo destino<br />De ser homem se protegendo do frio<br />E quanto mais as lágrimas caem em meus olhos,<br />Mais a vida se faz presente em mim.<br /><br />Antonio Canella – setembro de 2003Antoniohttp://www.blogger.com/profile/00005582659000766569noreply@blogger.com3