domingo, 3 de maio de 2009

poesia




Liberdade de amar

O que os olhos não vêem
O coração sente.
O que os olhos sentem
O coração esfacela.
Em cinzas a paisagem
Os olhos ferem.
Tal gozo profundo
De um amor sonhado
Ao luar se acalma.

A ausência do amor
Faz a tempestade
Descontrair os olhos
E ferir o coração.
A completude do amor
Incendeia os olhos
E reclama ao coração
A dor que não fere.

O que para o coração é brilho
Aos olhos faz sombra.
Se para os olhos não há regra
Ou exceção
Efêmero faz ao coração.
Se para o coração há sempre espinho
Seduz aos olhos a emoção de viver.

Quem ama por gosto
Ou finge amar sem dor
Roga aos olhos um minuto
Que faça feliz
Um amor quem tanto espera.
Quem ao coração roga
Tal desgosto
Tanto espera a liberdade
De amar.

3 comentários:

  1. Gostei da "musicalidade" do seu poema. Até mais!

    ResponderExcluir
  2. Gostei, parabéns!
    Liberdade de amar ou amar é liberdade?

    Abraço

    ResponderExcluir
  3. Vendo esse poema que fala de amor, me lembrei de uma frase que li hoje e acredito que vá gostar.
    "Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e quantificá-lo, já não está amando" (Roberto Freire)

    Beijos
    Nina

    ResponderExcluir

CONTADOR ONLINE

PREVISÃO DO TEMPO

RELÓGIO

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Meu nome é Antonio, sou professor de Português e Literatura, gosto de ler, escrever, assistir a bons filmes, de futebol, de arqueologia, de história, filosofia, de mitologia, de informática, de astronomia, de manifestações culturais locais,de boas amizades, de falar e ouvir, enfim...